go green!

Gosto mesmo muito de plantas. A minha cadeira preferida do curso foi a de "Plantas vasculares", no departamento de Botânica, onde acabei por estagiar na área da Biotecnologia vegetal. Já, por várias vezes, me apeteceu ignorar o facto de em Portugal a profissão de jardineiro ser pouco qualificada, pouco valorizada e muito mal remunerada e ir fazer o que gosto. Mas acomodo-me. Trabalhar num horto municipal ou numa estufa também não seria mau, ou dedicar-me à floricultura. Gosto do cheiro da terra e não tenho problema nenhum em sujar as mãos. É terapêutico. Um dia, hei-de ter a minha horta no quintal. Entretanto, à falta de coragem para isso, sempre fui mantendo muitas plantas em casa, por todo o lado.

Cada casa (e cada cidade) tem as suas características próprias em termos de luminosidade e temperatura. Como já mudámos muitas vezes, as plantas vão-se adaptando a cada uma, tal como nós. Numas crescem mais, noutras florescem muito, noutras ficam mais verdes...  Aqui em Lisboa, elas não se dão lá muito bem. Crescem pouco, perdem muitas folhas e poucas florescem. Só as mesmo muito resistentes continuam a fazê-lo timidamente. Em Coimbra tive as flores mais exuberantes de sempre e, no geral, as plantas nunca cresceram tanto como em Évora. As plantas compreendem-me.

A plantinha que trouxe do casamento da Selma, é das que resistem a tudo, até à curiosidade das gatas.